segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dom Murilo fala sobre o encerramento da JMJ

22 de agosto de 2011


Terminou a 26ª Jornada Mundial da Juventude. Como diria o poeta: “Meninos, eu vi!” Eu vi, mas não sei bem como transmitir a vocês tudo o que vi e ouvi, especialmente os acontecimentos dos últimos dias. Desde que o Papa Bento XVI chegou, tudo se transformou – para melhor. Com sua simplicidade, conquistou os jovens. “Esta é a juventude do Papa”, repetiam os jovens em todas as línguas.

Sábado de manhã, Bento XVI celebrou para os seminaristas, e eu estava lá. A imensa Catedral de Madrid foi pequena para eles, tanto que a maioria ficou de fora. À noite, começou a Vigília. E, mais uma vez, não houve lugar para todos. O espaço era para um milhão e meio de pessoas. Duzentas mil – entre elas, dois mil brasileiros – não puderam mais entrar, porque o espaço estava todo tomado. Gente, vocês não imaginam o vento e a chuva que surgiram de repente. Quer dizer, de repente para nós: o nome daquele Aeroporto Militar é “Quatro ventos”. Pois vieram os quatro! A participação do Papa foi abreviada, mas o suficiente para deixar os jovens em clima de oração, acampados na chuva e no vento.

Neste domingo de manhã, os jovens estavam lá, com uma disposição que conseguiram não sei aonde. O sol apareceu e mostrou sua força – e que força! Não penso reproduzir os pensamentos principais deixados pelo Papa porque há muitos sites que os estão reproduzindo. O que quero dizer a todos é que aí está um material para ser lido, meditado e rezado. Que mensagens! Queria ter a visão que Bento XVI tem de Deus, da Igreja, do mundo e do ser humano. Como não tenho, procuro ler o que ele fala e escreve, por saber que a maioria desses textos são de sua própria autoria.

Na hora em que Bento XVI anunciou que a próxima Jornada seria no Brasil, vi – eu estava em cima, ao lado do altar – bandeiras brasileiras por toda a parte. A língua que mais se ouvia era a portuguesa. Realmente, os brasileiros, em momentos assim, somos pouco discretos (quase que ia escrevendo: “somos discretos como hipopótamos em uma casa de vidro”, mas acho que não fica bem me manifestar assim, por isso evitei tal expressão…). A alegria pelo anúncio foi geral. Nos contatos que mantive após o anúncio, vi que há dois grupos de jovens: os que conhecem o Brasil (poucos, muito poucos) e os que não o conhecem e querem conhecê-lo (a maioria). Quando tirei uma fotografia com um grupo de angolanos e lhes disse que os esperava vê-los no Rio, responderam-me que gostariam de ir bem antes da Jornada…

À noite, Jornada terminada, fui ao Pavilhão Madrid-Rio (montado para lembrar a passagem da Jornada de Madrid para o Rio, e onde havia shows de grupos de jovens diariamente), montado na Praça que, curiosamente, tem esse mesmo nome. A cruz e o ícone de Nossa Senhora, entregues pelos jovens de Madrid aos jovens brasileiros, após o anúncio do Papa, foram levados para lá. Trata-se tão somente da preparação da recepção dessa mesma Cruz e ícone, que chegarão no Brasil (São Paulo) no dia 18 setembro p.v. Na Bahia chegarão em dezembro.

Dou por encerrada minha missão de correspondente da Arquidiocese diretamente de Madrid. Na verdade, vim como Catequista (e não como jornalista…), juntamente com outros seis catequistas brasileiros.

Em tempo: quando deu a bênção no final da 26ª Jornada Mundial da Juventude, Bento XVI disse que aquela bênção era extensiva aos familiares dos presentes. Como minha família é a grande Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pedi ao Senhor, naquele momento, que cada membro desta minha família fosse atingida. “A Deus, nada é impossível!” Amém.

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