sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

São Gabriel de Nossa Senhora das Dores: dia 27 de fevereiro!

Nasceu no dia 1° de março de 1838 em Assis (Perugia), foi o décimo primeiro de treze filhos. O batizaram no mesmo dia com o nome de Francisco, entre os passionistas escolherá o nome de Gabriel. Com dezoito anos entra no convento. No dia 21 de setembro 1856 veste o habito passionista e escolhe também outro nome: Gabriel de Nossa Senhora das Dores. O ano sucessivo emite a profissão religiosa. No mês de junho de 1958 se transfere a Pieventorina (Macerata) para os estudos filosóficos. No dia 10 de julho de 1859 está na Ilha de Gran Sasso para o estudo da teologia e a preparação imediata ao sacerdócio. No dia 25 de março na catedral de Penne (Pescara) recebe a tonsura e as ordens menores. Logo depois adoece; todo o cuidado é vão. No dia 27 de fevereiro de 1862 “ao nascer do sol” morre. No ano de 1891 iniciam o processo para a beatificação de Gabriel; em 1892 será realizada a exumação de seus restos mortais. No dia 31 de maio de 1908 Gabriel é declarado beato; em 13 de maio de 1920 é proclamado santo.
ORAÇÃO
Ó Jesus que fizestes de São Grabriel um modelo de amor à vossa Mãe, Maria Santíssima, fazei com que, seguindo o seu exemplo, mereça como ele, na vida e na morte, sua materna proteção. Amém.

Veja biografia completa: http://www.passionistas.org.br/secao.247.aspx?materia=16

Três dias para ver

O que tu olharias se tivesses apenas três dias de visão?
Helen Keller, cega e surda desde bebê, há setenta anos, escreveu um ensaio que a revista seleções publicou e diz mais ou menos assim:

Às vezes o meu coração anseia por ver tudo aquilo que só conheço pelo tato.
Se eu consigo tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos, por apenas três dias.
O primeiro dia seria muito ocupado.
Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles.
Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente.
E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes
de meus dois cães.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, contagiando meus olhos com as belezas da natureza.
E rezaria pela glória de um pôr de sol colorido.
Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia.
Contemplaria, assombrada, o magnífico panorama de luz com que o sol desperta a terra adormecida.
Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus.
Tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte.
Veria então o que conheci pelo tato.
Todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado.
A noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema.
No terceiro dia, a cidade seria meu destino.
Iria aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam.
Viajaria pelo mundo
visitando os bairros estrangeiros.
E meus olhos estariam sempre abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu pudesse descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreende-las melhor.
À meia-noite, uma escuridão permanente
outra vez se cerraria sobre mim.
Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver.
Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixara de apreciar.
*********
Usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão.
E o mesmo se aplica aos outros sentidos.
Ouçam a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos.
Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tato.
Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais
sentissem aromas nem gostos.
Usem ao máximo todos os sentidos.
Gozem de todas as facetas da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contato fornecidos pela natureza.
E agradeçamos à Deus por todas as Bênçãos que recebemos diariamente, e nem nos damos por conta...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Viver o mandamento novo – o amor

Homilia do 7º Domingo do Tempo Comum - Ano A
Domingo dia 20 de fevereiro de 2011

1ª leitura: Lv 19,1-2,17,18 – Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Salmo Responsorial: Sl 102 – Bendize, ó minh’alma, ao Senhor.
2ª leitura: 1Cor 3,16-23 – Tudo é vosso. Mas, vós sois de Cristo e Cristo é de Deus.
Evangelho: Mt 5,38-48 – Amai os vossos inimigos.

Neste 7º Domingo do Tempo Comum – Ano A, Jesus nos interpela, através da liturgia, a descobrirmos um caminho novo a ser seguido sobre a orientação do “mandamento novo”, amando ao extremo, não só os nossos amigos, mas, sobretudo os nossos inimigos.
Amar quem são nossos amigos, quem nos faz o bem, nos agrada se torna muito fácil, prazeroso e não tendo nada de extraordinário para o Cristão. Devemos amar sim os nossos inimigos. Uma recomendação difícil, onde nos somos chamados a perdoar, acolher e até nós humilhar diante daqueles que nos fazem o mal, nos machucam, nos traem, caluniam por sermos Cristãos. Ai estaremos fazendo o nosso papel de filhos de Deus.
Mas, por que devemos fazer isso? Eis a questão. A razão é essa: Deus criou o homem e a mulher a sua imagem, e a sua imagem os criou; Deus é santo, como somos a imagem e semelhança de Deus, Deus sendo santo, nós devemos ser santo, como Ele é santo. Somos assim chamados a ser santos. E a caminhar na santidade que é praticar o amor até as últimas conseqüências.
O Senhor nos convida a trilhar na contramão do que prega a sociedade, vivermos como irmãos em meio aos espinhos do nosso tempo, sendo santos e pecadores, aprendendo a cair e levantar com Jesus, Amém!!!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NOTA DA CNBB SOBRE ÉTICA E PROGRAMAS DE TV


Têm chegado à CNBB diversos pedidos de uma manifestação a respeito do baixo nível moral que se verifica em alguns programas das emissoras de televisão, particularmente naqueles denominados Reality Shows, que têm o lucro como seu principal objetivo.
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), reunidos em Brasília, de 15 a 17 de fevereiro de 2011, compreendendo a gravidade do problema e em atenção a esses pedidos, acolhendo o clamor de pessoas, famílias e organizações, vimos nos manifestar a respeito.
Destacamos primeiramente o papel desempenhado pela TV em nosso País e os importantes serviços por ela prestados à Sociedade. Nesse sentido, muitos programas têm sido objeto de reconhecimento explícito por parte da Igreja com a concessão do Prêmio Clara de Assis para a Televisão, atribuído anualmente.
Lamentamos, entretanto, que esses serviços, prestados com apurada qualidade técnica e inegável valor cultural e moral, sejam ofuscados por alguns programas, entre os quais os chamados reality shows, que atentam contra a dignidade de pessoa humana, tanto de seus participantes, fascinados por um prêmio em dinheiro ou por fugaz celebridade, quanto do público receptor que é a família brasileira.
Cônscios de nossa missão e responsabilidade evangelizadoras, exortamos a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a Sociedade. Dirigimo-nos, antes de tudo, às emissoras de televisão, sugerindo-lhes uma reflexão mais profunda sobre seu papel e seus limites, na vida social, tendo por parâmetro o sentido da concessão que lhes é dada pelo Estado.
Ao Ministério Público pedimos uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva, identificando os evidentes malefícios que ela traz em desrespeito aos princípios basilares da Constituição Federal (Art. 1º, II e III).
Aos pais, mães e educadores, atentos a sua responsabilidade na formação moral dos filhos e alunos, sugerimos que busquem através do diálogo formar neles o senso crítico indispensável e capaz de protegê-los contra essa exploração abusiva e imoral.
Por fim, dirigimo-nos também aos anunciantes e agentes publicitários, alertando-os sobre o significado da associação de suas marcas a esse processo de degradação dos valores da sociedade.
Rogamos a Deus, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, luz e proteção a todos os profissionais e empresários da comunicação, para que, usando esses maravilhosos meios, possamos juntos construir uma sociedade mais justa e humana.

Brasília, 17 de fevereiro de 2011

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio
Secretário Geral da CNBB

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Homilia do 5º Domingo do Tempo Comum - Ano A

  • 1ª leitura: Is 58,7-10 = Atua luz brilhará como a aurora;
  • Salmo Reposorial: Sl 111 = Uma luz brilha nas trevas para o justo;
  • 2ª leitura: 1Cor 2,1-5 = Anunciei entre vós o mistério de Cristo crucificado;
  • Evangelho: Mt 5,13-16 = Vós sóis a luz do mundo.

Neste 5º Domingo do Tempo Comum – Ano A, somos convidados a mergulhar no apelo de Jesus que nos quer testemunhas fieis na prática das boas obras para tornarmos “sal da terra e luz mundo”.

Ser Cristão hoje não é somente rezar, participar da missa e praticar as nossas devoções. Mas sim, viver intensamente o apelo das Bem Aventuranças, praticando boas obras em favor da humanidade: obras boas, obras de bondade, obras que indiquem a presença divina entre nós.

Como diz Isaias na 1ª leitura que a luz brilha em quem reparte o pão, acolhe os peregrinos, veste os nus, não oprime o outro, não é autoritário, não usa linguagem maldosa, socorre os necessitados. São obras boas, que transparece o exercício da caridade fraterna, que acende a luz divina no mundo e dá a vida. Confirmando o que diz Mateus no capitulo 25,32-46 falando das obras que são critérios para o Juízo Final, avaliativa se o Cristão brilhou como luz ou não e deu sabor à vida ou não.

Traduzindo: “a vida cristã não se limita a um repertório de devoções, mas a modo de viver; de viver fazendo boas obras, para que brilhem no meio do mundo” a paz e a justiça, motivando a conversão, não confundindo o ser testemunha sendo sal e luz do mundo, com busca de holofotes, sendo exibicionista, mas tudo fazer para que brilhe a luz divina através das boas obras, como Ir. Dulce, Madre Tereza de Calcutá e tantos outros nossos irmãos e irmãs que fazem o Reino de Deus acontecer.

Com isso, não pense que a prática das boas obras se limita a nossa pessoa individualmente, mas também a comunidade, a vida comunitária. Tornando através dela, pelo chamado a vocação de ser sal e luz do mundo, realizando boas obras em favor de seus membros, a comunidade Cristã é luz e sal no mundo não somente no âmbito religioso, fechada em si mesma, nas suas organizações e práticas celebrativas, pastorais e devocionais. Tem de ser como diz Paulo na segunda leitura, que a comunidade cristã dever manifestar a presença do Espírito de Deus na sociedade, com suas práticas coletivas, caritativas buscando vida nova para os seus habitantes, levando seus membros a agirem diante da realidade de morte transformando em vida, sendo voz dos que não a tem. Instrumento de Deus para que brilhe a luz divina na sociedade e para que a vida de cada pessoa tenha o mesmo sabor que vem de Deus.

Louvado seja N. Sr. Jesus Cristo
Para sempre seja louvado, amém.